O empresário pernambucano Rodrigo Dib Carvalheira, de 35 anos, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável.
A decisão, proferida pela juíza Blanche Maymone Pontes Matos da 18ª Vara Criminal da Capital em 10 de novembro, refere-se a um dos três processos de estupro que ele enfrenta.
Relatos das vítimas (amigas/conhecidas) indicam que o empresário oferecia comprimidos antes dos abusos sexuais, e elas acordavam no dia seguinte com sinais de violência e sem lembrança dos fatos.
A juíza destacou a gravidade, mencionando que o crime ocorreu na residência da vítima, local onde ela deveria estar em máxima segurança.
Pelo menos seis mulheres procuraram a delegacia para depor contra o empresário por crimes ocorridos entre 2005 e 2019, que vieram à tona no início de 2024.
Carvalheira foi preso em abril de 2024, solto quatro dias depois, e novamente preso em junho, sendo liberado após cinco meses.
Comunicação dos Órgãos e Defesa
TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco): Informou que os processos de crimes contra a dignidade sexual e que envolvem menores tramitam em segredo de justiça (Artigo 234-B do Código Penal) para preservar a intimidade da vítima, limitando o acesso a informações às partes e advogados.
Defesa (Yuri Herculano): Afirma que a condenação é de primeira instância e não o desfecho do processo, garantindo que irá recorrer.
O advogado alega que a sentença se baseia "exclusivamente na palavra da suposta vítima" sem corroboração por outros elementos de prova, configurando "testemunho 'de ouvir dizer'" sem valor probatório. A defesa também sustenta que a decisão não reproduz fielmente elementos essenciais da audiência e que provas técnicas indicam narrativas desencontradas, buscando uma análise técnica e justa em grau recursal.
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