Foi sepultado neste domingo (30), no Cemitério de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, o corpo de Alex Nunes Viana Bezerra, de 25 anos. O jovem, que trabalhava como montador alpinista, morreu atropelado na madrugada do sábado (29) enquanto montava uma feira cultural na Avenida Boa Viagem, Zona Sul da capital.
De acordo com relatos da irmã, Viviane Leite, Alex estava fazendo hora extra com o objetivo de comprar uma geladeira nova para a mãe. “Ele disse: ‘vou comprar a geladeira da minha mãe à vista’. Ele trabalhava até as 18h, e depois o encarregado perguntava quem queria fazer hora extra. Ele sempre aceitava quando podia”, contou.
Segundo testemunhas, o acidente ocorreu quando um carro invadiu a área do evento em alta velocidade. O impacto foi tão violento que Alex teve uma das pernas amputadas na hora. Ele morava com a mãe no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife.
O motorista do carro, Gabriel Graciliano Guerra Barretto de Queiroz, de 19 anos, foi preso em flagrante e autuado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. No entanto, a juíza Andréa Calado da Cruz decretou a prisão preventiva do jovem, com base na gravidade do caso e na condução sob efeito de álcool. Ele foi encaminhado ao COTEL, em Abreu e Lima.
A família da vítima, no entanto, espera que o caso seja tratado como homicídio doloso. “Isso não foi um crime de trânsito. Isso foi um homicídio. Quem bebe e dirige assume o risco”, afirmou a irmã da vítima.
Alex era querido na comunidade, e sua morte causou forte comoção entre familiares, vizinhos e amigos, que participaram do velório e pediram por justiça.
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