sábado, 5 de agosto de 2017

Meirelles diz que "tempo" impede novos impostos neste ano

Meta é o deficit primário, de R$ 139 bilhões, e, no momento, não se estuda elevação de tributos


Henrique Meirelles, Ministro da FazendaFoto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil


O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta- feira (4), que existem expectativas de recuperação de receita no segundo semestre e que, neste caso, não haveria necessidade de alterar a meta fiscal. Um pouco mais cedo, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, não descartou a revisão da meta.


Meirelles voltou a dizer que o compromisso é a meta de deficit primário, de R$ 139 bilhões, e que, no momento, não estuda elevação de tributos.

Ele ponderou, no entanto, que novas elevações de impostos que tragam resultado ainda neste ano esbarram numa questão de tempo.

"Começamos a ter um problema de tempo para que qualquer aumento possa fazer efeito neste ano, inclusive porque alguns tipos de tributos que só podem incidir depois de 90 dias", afirmou ao ressaltar que o governo aguarda a decisão do Congresso sobre a reoneração da folha de pagamento que, segundo ele, "está lá há um bom tempo".

Em evento da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras imobiliárias), Meirelles afirmou que o governo hoje observa a arrecadação, que tende a reagir.

Ele ressaltou que alguns pontos aguardam definição, como dúvidas sobre alterações no projeto de refinanciamento de dívidas das empresas, o novo Refis. Segundo ele, a expectativa é que isso seja superado logo.

Do lado das despesas, lembrou que as discricionárias (não obrigatórias) voltaram ao nível de 2010, descontada a inflação.

Eleições de 2018

Meirelles falou ainda da confiança dos mercados na equipe econômica.
Disse, porém, que cada vez mais a preocupação são as eleições de 2018. Segundo ele, as expectativas se concentram na trajetória de política econômica.

"Mas, à medida que exista consenso de que vai se manter a responsabilidade, claramente a economia tende a funcionar", disse.

Meirelles disse ainda, referindo-se aos últimos dois anos, que não foi a incerteza política que causou a crise econômica, mas esta última que "agudizou" a crise política.




Fonte: Folha Pe

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