Embora algumas características sejam semelhantes, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) são duas coisas completamente diferentes e que podem caminhar juntas, no diagnóstico e no tratamento.
Exemplo disso é a dificuldade de interação social, presentes nas duas condições, mas com causas distintas. Enquanto o TDAH pode apresentar problemas para interagir por conta da desatenção, impulsividade e incapacidade de organizar pensamentos, os autistas possuem dificuldades por conta da falta de habilidade de comunicação não verbal e linguagem.
É possível que uma pessoa receba o diagnóstico das duas condições, porém nem todo TDAH tem TEA e nem todo TEA tem TDAH. Ser diagnosticado com ambos, não agrava o quadro da criança, o que diferencia são os estímulos e tratamentos aplicados. Parece complicado, né? Mas não é!
Nem sempre será fácil distinguir os sintomas de TDAH e autismo, por essa razão, é extremamente importante que o diagnóstico seja feito por uma equipe multidisciplinar.
Ambas possuem dificuldades na interação social e concentração, porém de formas opostas. Enquanto o Autismo desenvolve um hiperfoco e possui dificuldades de socialização, o TDAH evita atividades que requerem concentração e podem ser crianças extremamente falantes e participativas, embora não dediquem atenção e foco.
O TDAH é uma desordem neurobiológica que atinge os neurotransmissores da região frontal cerebral, responsável por controlar ou inibir comportamentos impróprios e pela habilidade de prestar atenção, estimular a memória, autocontrole, organização e planejamento. O transtorno se manifesta ainda na infância e acompanha a pessoa ao longo de toda a vida. As características mais comuns são desatenção e hiperatividade.
Caso o diagnóstico seja positivo para TEA e TDAH, os tratamentos necessitam de terapia comportamental (ABA) e acompanhamento médico, uma vez que no caso do TDAH geralmente o tratamento medicamentoso é associado. As intervenções para TEA são as mesmas, ou seja, ABA e, muitas vezes, acompanhamento com neuropediatra ou psiquiatra, além de fonoaudiologia e terapia ocupacional.
É extremamente importante um diagnóstico sério e correto para que o tratamento seja efetivo. Quando é identificado o TDAH, é fundamental dar atenção ao tratamento para que ele não agrave o quadro de autismo. Entenda que são apenas formas diferentes de lidar e que pessoas com essas condições podem viver uma vida feliz!
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