A noite de quarta-feira (10) marcou a prisão de Leiliane Vitória Oliva Coelho, 22 anos, e Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, 23, em Ribeirão Preto (SP), sob suspeita de envolvimento em crimes sexuais contra a filha de três anos da mulher.
Segundo o boletim de ocorrência, durante a investigação, a Polícia Civil encontrou nos celulares do casal vídeos que apontam para atos de estupro de vulnerável. O material apreendido é considerado altamente comprometedora pela delegacia. Se confirmadas as acusações, Leiliane e Andrey podem receber pena superior a 20 anos de reclusão.
A denúncia partiu de um homem que manteve um relacionamento extraconjugal com Leiliane. Ele teria acessado o celular da criminosa e identificado mensagens e mídias que sugeriam abusos contra a criança. Em depoimento à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o casal negou a prática de estupro, mas admitiu que realizou gravações registradas nos aparelhos.
A delegada Michela Ragazzi afirmou que eles alegaram que as filmagens se destinavam a satisfazer fantasias sexuais mútuas. Apesar das justificativas, a autoridade policial destacou que o conteúdo será submetido à perícia para confirmar a natureza dos atos. Capturas de tela entregues pelo denunciante reforçam a suspeita, mostrando conversas do casal sobre ações envolvendo a criança.
A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva, diante das graves suspeitas de estupro de vulnerável, divulgação de cenas de sexo e exploração sexual infantil. O denunciante relatou ainda comportamentos incomuns da criança, como despertar assustada e demonstrar retraimento. Ele também mencionou que Andrey resistia em permitir que a menina frequentasse a creche, frisando que ele cuidaria dela em casa.
Na saída da delegacia, Leiliane comentou sobre os vídeos: "Eu amo a minha filha, não sei o que deu em mim. Um vídeo estragou tudo. Uma coisa ruim que você faz anula todas as coisas boas. Eu mereço tudo o que vier, o que me acontecer, mereço tudo".
Andrey admitiu erros, mas negou o abuso sexual: "A gente não estuprou uma criança, a gente acabou nem tocando nela. Sei que foi um erro gigantesco, mas a única coisa que posso deixar claro é que a gente não tocou na menina, não fez nada sexual com ela, nada do tipo".
Os celulares do casal serão periciados, sem prazo definido, para determinar a duração e a extensão dos supostos abusos. Além disso, é possível que a menina possa ter sido dopada em algum momento. O pai biológico da vítima viajou a Ribeirão Preto para acompanhar os exames médicos e de corpo de delito que serão realizados.
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