quinta-feira, 11 de abril de 2019

Menina é socorrida com mais de 100 larvas na cabeça no Recife


Criança passou por cirurgia para a retirada das larvasFoto: Cortesia

Uma menina de 1 ano e 10 meses foi socorrida com mais de 100 larvas de mosca - popularmente chamadas de tapurus - em um ferimento na cabeça. A criança morava até então com os pais e cinco irmãos com idades entre 2 e 15 anos na Zona Norte do Recife. Ela desenvolveu quadro clínico de encefalite, uma inflamação no cérebro que pode causar danos permanentes. 

A criança recebeu alta do Hospital Infantil Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim, também na Zona Norte, nessa quarta-feira (10), após passar uma semana internada. Ela foi encaminhada a um abrigo enquanto as investigações seguem em andamento.

A garota chegou ao hospital após ser levada pela mãe à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Descoberta, na Zona Norte. Ela reclamava de dores na cabeça, provocadas pelo ferimento e pelas larvas. Segundo o conselheiro tutelar da RPA 3B, de Casa Amarela, na Zona Norte da capital, Ozeias Paulo, o Conselho Tutelar recebeu a denúncia do Maria Lucinda após a entrada da menina no hospital. 

Em seguida, o conselheiro foi à casa onde a família mora. "As demais crianças estão com cartões de vacinação desatualizados e sem frequentar a escola. Na unidade de saúde da região verifiquei no prontuário que a última consulta das crianças havia sido há dois anos", detalhou Ozeias. O Hospital Maria Lucinda confirmou a internação da menina. Segundo a unidade de saúde, ela foi atendida por representantes do Serviço Social e fez cirurgia para retirada das larvas. A criança deve continuar o tratamento. 

O Conselho Tutelar denunciará o caso à Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) e à Vara da Infância e Juventude do Ministério Público, nesta quinta-feira (11). A menina foi levada a um abrigo e encontra-se acolhida. "Identificamos que os avós maternos moram praticamente na mesma casa e os pais poderiam ter contato novamente. Os avós também apresentaram negligência", acrescentou Ozeias Paulo.

FONTE: Fabio Nóbrega/FOLHAPE

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