Um estudo realizado pela Rede de Observatórios de Segurança, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), apontou que todos os mortos pela polícia no Recife em 2022 eram pessoas de origem negra, o mesmo fato ocorreu durante o ano de 2021.
Segundo o estudo, no Estado, a proporção de negros entre as vítimas de operações policiais foi de 89,66%.
O estudo "Pele Alvo", foi divulgado nesta quinta-feira (16), e aponta que 11 negros foram mortos pela polícia na capital pernambucana em 2022.
Já outros três municípios do Grande Recife tiveram 100% das mortes pela força do Estado só tiveram como vítimas pessoas negras, são eles:
Igarassu, com 7 mortes;
Olinda, com 6 mortes;
Cabo de Santo Agostinho, com 5 mortes.
Cenário estadual
As forças policiais mataram 91 pessoas em Pernambuco durante 2022. Destas, 78 eram negras, 89,66% do total, segundo os critérios adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a autodeclaração de pretos e pardos.
O Censo do IBGE 2023 aponta para uma discrepância entre a proporção de negros em Pernambuco e a de pessoas mortas pela polícia. Enquanto quase 90% das vítimas eram negras, a fatia da população que se identifica desta forma no estado é de 65,09%.
O levantamento "Pele Alvo" também apontou que o perfil das vítimas fatais das intervenções policiais é jovem.
Dos 91 mortos, 62 tinham até 29 anos, 68,13% do total. A vítima mais nova morta pela polícia em 2022 foi uma criança negra de 6 anos, enquanto a mais velha foi um idoso de 75.

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