quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

BRASIL - CRIANÇA DE OITO ANOS MORRE DE AVC APÓS SENTIR DOR DE CABEÇA


A paranaense Maria Julia de Camargo Adriano, de 8 anos, morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). O falecimento chama atenção uma vez que, segundo a comunidade médica, são raros os casos de AVC em crianças.

De acordo com a família, Maria Julia se queixou de dores de cabeça e desmaiou. Ela foi levada ao hospital onde foi constatado sangramento no cérebro.

Tudo aconteceu no sábado (6), e a morte foi confirmada na segunda-feira (8).

De acordo com a tia da menina, Adriana Silva Adriano, a criança estava deitada na rede da casa onde morava com a família, em Ribeirão do Pinhal, a 117 quilômetros de Londrina, quando reclamou para os pais de dor na cabeça.

“Ela desmaiou e, de imediato, os pais a levaram para o hospital da cidade. Ela foi atendida pelo médico de plantão e onde começaram com os primeiros atendimentos […] . Era uma menina dedicada aos estudos e muito inteligente. Amava os animais e tinha sonho de ser veterinária”, disse.

Conforme Adriana, foi necessário transferi-la para o hospital de Bandeirantes para realizar o exame de tomografia. No laudo médico, foi detectado que havia um sangramento no cérebro da criança.

Os profissionais viram a necessidade, então, de interná-la e fazer uma nova transferência para o Hospital Universitário (HU) de Londrina, na Unidade de terapia intensiva (UTI).

Segundo a médica neurologista Adriana Moro, não é comum diagnóstico de AVC em crianças, mas é frequente na fase adulta.

“Não é comum acontecer em crianças pensando que a principal causa de AVC nos adultos são doenças sistêmicas, que geralmente são devido ao estilo de vida da pessoa como diabete, obesidade, tabagismo… Na criança, por si só, não é comum”, explicou.

Conforme a médica, quando ocorre em crianças, pode haver relação com má formação na estrutura corporal.

“O AVC é raro na criança e não é comum suspeitarmos quando a criança tem alguma alteração neurológica”, concluiu.

A tia de Maria Julia, contudo, afirma que não havia nenhuma condição pré-existente e que os médicos que atenderam a menina consideraram uma fatalidade.

O laudo apontou que houve um aneurisma – dilatação dos vasos sanguíneos – que rompeu e se espalhou no cérebro.

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