O governo de Pernambuco promoveu dois tenentes-coronéis acusados de darem ordens para a sequência de assassinatos ocorridos em Camaragibe, no Grande Recife, após as mortes de dois PMs em setembro do ano passado. Os nomes de Fábio Roberto Rufino da Silva e Marcos Túlio Gonçalves Martins Pacheco fazem parte de uma lista de 34 promoções publicadas na edição do Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (25).
Na época do crime, que ficou conhecido nacionalmente como a Chacina de Camaragibe, Fábio era comandante do 20º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento ostensivo na cidade. Já Marcos Túlio ocupava o segundo posto de comando da inteligência da PM.
Ambos são réus por triplo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas) e estão afastados das funções públicas por determinação da Justiça.
No Diário Oficial consta que as promoções ao posto de coronel foram "requeridas" pelos militares. E concedidas com efeito retroativo a 1º de julho.
A defesa de Fábio afirmou, em nota, que a promoção faz parte da rotina da Polícia Militar. "Não é um prêmio. Eles pediram passagem para a reserva, por haverem completado o tempo de serviço. E, nesse caso, têm direito à promoção para o posto seguinte", afirmou.
Em entrevista exclusiva à coluna Segurança, em março deste ano, Fábio Roberto negou qualquer participação na sequência de assassinatos. "A verdade irá chegar", declarou na ocasião.
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