Após a derrota da Seleção Brasileira para a Croácia na Copa do Catar, nesta sexta-feira (9/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio e falou pela primeira vez a apoiadores desde o segundo turno das eleições, quando foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu me responsabilizo pelos meus erros”, disse o mandatário, na área externa do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro saiu a pé da residência oficial e acenou para apoiadores que estão concentrados no local, antes mesmo do fim da disputa contra a Croácia.
“Se estou aqui, é porque acredito em Deus e devo lealdade ao povo brasileiro.
Nós despertamos o patriotismo no Brasil, o povo voltou a admirar sua bandeira.
Não é fácil enfrentar todo o sistema”, continuou.
O presidente da República também citou as Forças Armadas, que, segundo ele, “são essenciais em qualquer país do mundo”.
“Sempre disse ao longo desses quatro anos que as Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo.
Respeitam a Constituição e são as grandes responsáveis pela nossa liberdade”, frisou.
“As decisões, quando são exclusivamente nossas, são menos difíceis e menos dolorosas.
Se algo der errado, é porque eu perdi a minha liderança.
Eu me responsabilizo por meus erros, mas peço a vocês: não critiquem sem saber de tudo o que está acontecendo”, acrescentou.
“Alguns falam do meu silêncio.
Há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse bom dia, tudo seria deturpado.
O Brasil não precisa de mais leis, precisa que as leis sejam efetivamente cumpridas.
Temos assistido, dia após dia, absurdos acontecendo.
Como é fácil impor uma ditadura no Brasil.
Hoje, estamos vivendo um momento crucial, uma encruzilhada.
Quem decide o meu futuro são vocês, quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês.
Quem decide para onde vão a Câmara e o Senado são vocês”, ressaltou Bolsonaro
Apoiadores
Vestidos de verde e amarelo e abraçados a Bandeira Nacional, alguns deles entoavam gritos de “eu autorizo”.
Bolsonaro esteve ao lado do candidato a vice-presidente nas eleições deste ano, o general da reserva Braga Netto; do ex-ministro do Turismo Gilson Machado; e do jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio; além de seguranças.
Entoando gritos pró-Bolsonaro, os apoiadores do chefe do Executivo começaram a ocupar o palácio presidencial antes mesmo do fim da disputa contra a Croácia.
Após um jogo muito nervoso, com direito a dois gols na prorrogação, o Brasil não resistiu à Croácia e foi eliminado da Copa do Mundo do Catar nos pênaltis.
Desde o resultado das eleições, apoiadores do atual presidente se reúnem para manifestar repúdio à vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na capital federal, simpatizantes ocupam a Base Administrativa do Quartel-General do Exército Brasileiro, pedindo intervenção militar
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