Cinco hospitais pernambucanos enviaram uma carta conjunta ao Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco (IRH) pedindo a suspensão do credenciamento das unidades junto ao Sassepe, o plano de saúde dos servidores do estado.
A medida foi tomada devido à falta de pagamento por parte do Governo de Pernambuco, que tenta gerenciar uma crise bilionária nos pagamentos atrasados aos prestadores do plano.
A carta foi assinada pelos diretores dos cinco hospitais no dia 1º de junho e endereçada a João Victor Falcão de Andrade, diretor presidente do IRH. Segundo o sistema do órgão, o governo do Estado já recebeu a notificação.
No pedido, os hospitais afirmam que a suspensão será por tempo indeterminado, contando a partir do dia 1º de julho de 2023, respeitando o prazo contratual com o governo estadual.
Assinam o documento os diretores dos seguintes hospitais:
Hospital Memorial Arcoverde, em Arcoverde;
Hospital São Vicente, em Serra Talhada;
Hospital São Francisco, em Serra Talhada;
Pronto Socorro São Francisco, em Salgueiro;
Hospital Memorial de Goiana, em Goiana.
Os gestores afirmam que o pleito é justificado pela falta de recursos para bancar a assistência dos usuários do Sassepe, e pela inexistência da previsibilidade de pagamentos.
“Lamentamos abdicar desta parceria de longos anos. Medida extrema que nos impõe o fechamento de leitos e o consequente desemprego em toda a cadeia produtiva dos hospitais; principalmente, a enfermagem”, dizem os diretores.
“Todavia, é impossível a sobrevivência de um prestador comprometido com a qualidade dos serviços prestados, remunerado por tabelas defasadas, após vários meses de atraso e diante deste cenário, receber a proposta do pagamento com deságio, dividido em vários meses sem juros, numa demonstração clara de que todos os prestadores estão sendo nivelados à condição de DESONESTOS”, apontam os hospitais.
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