Um motoboy foi encontrado morto com marcas de tiros nesta quinta-feira (22) às margens da PE-17, na Estrada da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes. O caso reforça o aumento da violência contra trabalhadores de entrega e mototaxistas na Região Metropolitana do Recife, que já registra um número alarmante de vítimas em 2024.
A morte do motoboy em Jaboatão ocorre apenas um dia após outro homicídio de um trabalhador da mesma categoria. Na quarta-feira (20), José André de Souza Melo, um mototaxista, foi morto a tiros na Rua Doutor Machado, no bairro de Campo Grande, no Recife. José André foi atingido pelo passageiro que estava na garupa de sua moto, sendo mais uma vítima da crescente violência armada que afeta esses profissionais.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência armada na região, com esses dois novos casos, o número de mototaxistas, motoboys e entregadores baleados na Região Metropolitana do Recife em 2024 chega a 20. Desses, 17 perderam a vida e três ficaram feridos. Esse ano já é o mais violento para essa categoria desde que o Fogo Cruzado começou a mapear esses crimes, superando os registros de anos anteriores.
Os números deste ano superam até mesmo os dados de 2019 e 2020, quando 11 e 18 trabalhadores foram baleados, respectivamente. A evolução dos dados mostra um cenário preocupante para esses profissionais, que estão cada vez mais vulneráveis à violência armada:2024: 20 baleados – 17 mortos e 3 feridos.
2023: 16 baleados – 11 mortos e 5 feridos
2022: 19 baleados – 17 mortos e 2 feridos
2021: 13 baleados – todos mortos
2020: 12 baleados – 11 mortos e 1 ferido
2019: 9 baleados – 8 mortos e 1 ferido
O aumento na violência contra mototaxistas e entregadores destaca a necessidade urgente de medidas de segurança para proteger esses profissionais, que desempenham um papel essencial na dinâmica urbana.
A escalada dos crimes também levanta questões sobre a eficácia das políticas públicas de segurança e a exposição desses trabalhadores a riscos elevados durante o exercício de suas funções.
Enquanto as investigações sobre os recentes homicídios estão em andamento, a comunidade espera por respostas e por ações que possam reverter esse cenário alarmante de violência que atinge aqueles que, muitas vezes, têm na moto sua única fonte de sustento.
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