segunda-feira, 14 de julho de 2025

SUA SAÚDE COM DOUTOR ELENILSON LIBERATO - O QUE É HEPATITE AUTOIMUNE


Hepatite autoimune é a inflamação crônica e progressiva do fígado em que o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e destroem as células do fígado como se fossem estranhas ao corpo, resultando em sintomas como dor abdominal, pele e olhos amarelados ou cansaço excessivo.

A causa exata do porque o sistema imunológico ataca as células do fígado não é completamente conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada a fatores genéticos e ambientais, como exposição a vírus ou uso de medicamentos.

O tratamento da hepatite autoimune é feito pelo hepatologista e, normalmente, envolve o uso de remédios imunossupressores para reduzir a atividade do sistema imunológico e os danos no fígado, evitando complicações como hepatite fulminante ou cirrose.

Sintomas de hepatite autoimune

Os principais sintomas de hepatite autoimune são:

Dor abdominal;
Cansaço excessivo ou fadiga intensa;
Pele e olhos amarelados;
Coceira no corpo;
Inchaço na barriga;
Vasos sanguíneos irregulares na pele, semelhantes a aranhas.

Além disso, outros sintomas que podem surgir são fezes esbranquiçadas, urina escura, sintomas leves semelhantes à gripe ou dor nas articulações.

É importante que o diagnóstico seja feito de forma precoce para que o tratamento possa ser logo estabelecido pelo médico, podendo evitar complicações, como cirrose, ascite e encefalopatia hepática.

O que a hepatite autoimune pode causar?

A hepatite autoimune é uma doença em que ocorre destruição das células do figado, tendo um início gradual, progredindo lentamente de semanas a meses até levar à fibrose do fígado, conhecida como cirrose, e perda da função, caso a doença não seja identificada e tratada.

Entretanto, em alguns casos, a doença pode agravar-se rapidamente, sendo denominada hepatite fulminante, que é extremamente grave e pode resultar em óbito.

DOUTOR ELENILSON LIBERATO 

Hepatite autoimune na gravidez

A hepatite autoimune na gravidez causa os mesmos sintomas que os da doença fora desse período e é importante que a mulher seja acompanhada pelo obstetra para verificar se não há riscos tanto para ela quanto para o bebê, o que é raro quando a doença ainda encontra-se em fase inicial.

Nas gestantes que possuem a doença mais desenvolvida e possuem cirrose como complicação, o acompanhamento torna-se mais importante, uma vez que há maior risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer e necessidade de cesariana.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da hepatite autoimune é feito pelo hepatologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico.

Além disso, o médico pode solicitar exames que avaliam a saúde e funcionamento do fígado, como AST, ALT, Gama-GT, fosfatase alcalina e bilirrubina.

Outros exames para confirmar o diagnóstico da hepatite autoimune são a biópsia do fígado e avaliação de marcadores sorológicos, como anticorpo antinuclear (ANA), anticorpos anti-músculo liso (ASMA) e anticorpos anti-microssoma de fígado e rim tipo 1 (ALKM-1), por exemplo.

Possíveis causas

A hepatite autoimune é causada por o sistema imunológico produzir anticorpos e atacar as células do fígado como se fossem estranhas ao organismo, provocando sua inflamação e destruição.

A causa exata do porque isso acontece não é completamente conhecida, mas parece estar relacionada a fatores genéticos, uso de medicamentos ou exposição a vírus.

Além disso, a hepatite autoimune é mais comum em pessoas que possuem outras doenças autoimunes, como doença de Graves, tireoidite, anemia hemolítica ou doenças inflamatórias intestinais, por exemplo.

Tipos de hepatite autoimune

De acordo com o resultado dos exames de anticorpos, a hepatite autoimune pode ser classificada em alguns grupos principais, como:

1. Hepatite autoimune tipo 1

A hepatite autoimune tipo 1 é o tipo mais comum entre os 16 e os 30 anos, sendo caracterizada pela presença de anticorpos anticorpos anti-músculo liso (ASMA), com ou sem anticorpos antinucleares (ANA).

Esse tipo de hepatite autoimune pode estar associada ao surgimento de outras doenças autoimunes, como tireoidite, doença celíaca, sinovite e colite ulcerativa, por exemplo.

2. Hepatite autoimune tipo 2

A hepatite autoimune tipo 2 surge normalmente em crianças com idade entre os 2 e os 14 anos, sendo caracterizada por apresentar anticorpos positivos anti-microssoma de fígado e rim tipo 1 (ALKM-1) ou anticorpos anti-citosol hepático (anti-LC) tipo 1.

Esse tipo de hepatite autoimune pode surgir em conjunto com diabetes tipo 1, vitiligo e tireoidite autoimune, por exemplo.

A identificação do tipo de hepatite é importante para que o melhor tratamento possa ser indicado com o objetivo de aliviar os sintomas, diminuir a inflamação do fígado e evitar a progressão da doença.

Como é feito o tratamento

O tratamento para hepatite autoimune deve ser feito com orientação do hepatologista ou clínico geral e tem como objetivo diminuir a ação do sistema imunológico, evitando mais danos no fígado e a progressão da doença.

Os principais tratamentos para hepatite autoimune são:

1. Uso de remédios

O uso de remédios pode ser indicado pelo médico para diminuir ou inibir a ação do sistema imunológico, evitando que as células saudáveis do fígado sejam atacadas e destruídas.

Os principais remédios que podem ser indicados pelo médico são corticoides, como prednisona ou budesonida, ou imunossupressores como azatioprina, ciclosporina A, micofenolato de mofetila ou tacrolimo, por exemplo.

É importante que durante o tratamento se faça consultas médicas regulares para avaliar a eficácia do tratamento e o surgimento de efeitos colaterais.

2. Transplante de fígado

Nos casos mais graves, em que não é possível controlar a inflamação com o uso de remédios, pode ser realizada cirurgia para transplante do fígado, que consiste em substituir o fígado doente por outro saudável.

Além disso, indivíduos transplantados também devem tomar imunossupressores durante toda a vida para evitar que o organismo rejeite o novo fígado.

No entanto, como a hepatite autoimune está relacionada com o sistema imunológico e não com o fígado, após o transplante é possível que a doença volte a se desenvolver.

3. Alterações na dieta


A alimentação para a hepatite autoimune deve ser leve priorizando alimentos saudáveis, como proteínas magras, frutas, verduras, legumes e cereais integrais, por exemplo, pois fornecem nutrientes essenciais para ajudar na recuperação do fígado.

Além disso, é recomendado evitar bebidas alcoólicas, frituras, embutidos, molhos, manteiga, creme de leite e alimentos industrializados.

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