A Polícia Civil de Pernambuco concluiu o inquérito sobre o assassinato do caminhoneiro Ayres Botrel, de 60 anos, morto a mando da própria filha, Amanda Botrel, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Segundo as investigações, a jovem contratou criminosos oferecendo R$ 50 mil e um apartamento como pagamento.
De acordo com o delegado Rodrigo Bello, Amanda fez um pedido cruel aos executores: que não atirassem no rosto da vítima, “para que o velório fosse de caixão aberto”.
O crime
Ayres foi morto em 20 de junho, enquanto dormia em sua casa, na praia de Enseada dos Corais. Homens armados invadiram o imóvel durante a noite.
As câmeras de segurança registraram apenas o carro de Amanda entrando na residência, levantando suspeitas que logo se confirmaram.
Presos e interrogados, os envolvidos revelaram que o crime foi arquitetado pela filha, interessada no patrimônio do pai, avaliado em cerca de R$ 2 milhões.
Quem participou
Segundo a investigação, seis pessoas tiveram envolvimento direto:
Amanda Botrel – idealizadora do crime;
Daniel – amigo de infância de Amanda e já preso por tráfico; foi ele quem recrutou os executores;
Três homens – identificados como responsáveis pelos disparos;
Outro cúmplice – que participou da logística da fuga.
Durante os depoimentos, Daniel tentou justificar sua participação dizendo que Amanda havia afirmado sofrer abusos sexuais do pai — versão que a polícia descartou como falsa.
PrisõesAmanda foi presa seis dias após o crime, ao entrar em contradição em seus depoimentos.
Dois dos executores foram capturados na segunda-feira (8), em Charnequinha, no Cabo.
Outro havia sido preso na semana anterior, no Rio Grande do Norte.
Daniel, já detido, teve a prisão reforçada.
Todos foram indiciados e aguardam julgamento.
Delegado chama crime de “estarrecedor”
“Foi um crime planejado em detalhes. Amanda mostrava onde tinham câmeras, como entrar na casa, até pediu que não queimassem o carro usado na fuga. Tudo partiu dela”, afirmou o delegado Rodrigo Bello.
Destaques da Investigação – Caso Amanda Botrel.
A MANDANTE
Amanda Botrel, filha da vítima, idealizou o assassinato do próprio pai, o caminhoneiro Ayres Botrel (60).
Ofereceu R$ 50 mil e um apartamento para a execução.
Pediu que os assassinos não atirassem no rosto da vítima, para que o velório fosse de caixão aberto.
A VÍTIMA
Ayres Botrel, caminhoneiro respeitado, foi morto em 20 de junho, dentro de casa, em Enseada dos Corais (Cabo de Santo Agostinho).
Dormia quando homens armados invadiram a residência e o executaram.
Patrimônio avaliado em cerca de R$ 2 milhões seria o motivo do crime.
OS ENVOLVIDOS
Daniel – amigo de infância de Amanda, já preso por tráfico. Foi quem recrutou os executores.
Disse falsamente que Amanda era vítima de abuso do pai, para justificar o crime.
Outros 3 executores armados participaram da invasão.
Um cúmplice auxiliou na fuga.
AS PROVAS
Câmeras de segurança mostraram apenas o carro de Amanda entrando na casa.
Amanda caiu em contradições durante depoimentos e depois confessou participação.
Vídeos comprovam que ela indicava locais das câmeras e rotas de entrada.
PRISÕES
Amanda foi presa 6 dias após o crime.
Dois executores capturados em Charnequinha (Cabo).
Um preso no Rio Grande do Norte.
Daniel já estava detido e teve a prisão reforçada.
CONCLUSÃO DA POLÍCIAO delegado Rodrigo Bello classificou o crime como “estarrecedor”.
Envolvidos foram indiciados e aguardam julgamento no Tribunal do Júri.
O caso será levado à Vara Regional do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca.
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