A menos de um ano das eleições, a governadora Raquel Lyra (PSD) enfrenta um desgaste crescente em sua base de apoio devido à percepção de falta de habilidade política, o que pode afetar sua performance eleitoral.
Um dos principais insatisfeitos é o partido Avante, que, sete meses após aderir à gestão, estaria à beira de deixar o governo.
O agravamento da crise ocorreu após a filiação do prefeito de João Alfredo, Zé Martins, ao PSD. A manobra foi articulada pelo Palácio para beneficiar o filho do prefeito, Felipe Martins, e Juliana de Chaparral nas candidaturas a deputado estadual e federal, respectivamente.
Com isso, o deputado federal Waldemar Oliveira (Avante), que era apoiado por Zé Martins em 2022, perdeu sua base, o que inviabiliza sua reeleição e prejudica o plano eleitoral de seu irmão, Sebastião Oliveira, presidente estadual do Avante. O partido sente que perdeu espaço após a aliança com Raquel Lyra.
Outro ponto de atrito é o pouco apoio dado à indicação de Virgílio Oliveira (filho de Waldemar) para a administração de Fernando de Noronha. Ele só tomou posse em agosto, após cinco meses de espera por uma sabatina na Assembleia Legislativa.
O longo impasse foi interpretado como um sinal da fraqueza política do governo e da falta de esforço para evitar o "constrangimento" de seu aliado.
O Avante, liderado por Sebastião Oliveira, avalia nos bastidores se romperá ou não com o Palácio do Campo das Princesas.
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