A Polícia Federal (PF) deflagrou na semana passada uma operação que desvendou um esquema de fraudes em concursos públicos operado como uma empresa familiar com base em Patos, na Paraíba.
O grupo era chefiado por Wanderlan Limeira de Sousa, um ex-policial militar expulso da corporação em 2021. Ele é apontado como o principal articulador, responsável por negociar, coordenar a logística das provas e distribuir os gabaritos.
O grupo cobrava até R$ 500 mil por vaga, aceitando pagamentos em dinheiro, ouro, veículos e até procedimentos odontológicos. Eles usavam tecnologia sofisticada para fraudar os concursos, incluindo dublês, pontos eletrônicos implantados cirurgicamente e comunicação em tempo real durante as provas.
As investigações indicam que os crimes ocorriam há mais de uma década, envolvendo venda de aprovações, corrupção de agentes de fiscalização e uso de mecanismos de falsificação para garantir cargos de alto escalão.
Wanderlan possui um histórico criminal extenso, incluindo homicídio, peculato, concussão, roubo majorado, abuso de autoridade e uso de documento falso.
Concursos Fraudados
As fraudes atingiram uma ampla gama de concursos, incluindo:
Polícia Federal
Caixa Econômica Federal
Polícias Civil e Militar
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Banco do Brasil
Concurso Nacional Unificado (CNU)
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