Prefeitura de Garanhuns

Prefeitura de Garanhuns

08 dezembro, 2017

Jovem trans que entrou em coma por causa de silicone industrial tem melhora e pode deixar UTI




Jovem entra em coma após aplicar silicone industrial (Foto: Arquivo pessoal)

A jovem trans que está internada no Hospital de Base de Bauru (SP) há quase dois meses devido a complicações causadas pela aplicação de silicone industrial no corpo, procedimento proibido pela Anvisa, apresentou uma melhora no quadro de saúde.

Na última segunda-feira (4), Renatta Velask entrou em coma após sofrer uma parada cardíaca. De acordo com o boletim médico, a parada foi em consequência às infecções provocadas pela infiltração do silicone nos tecidos e músculos. Desde então ela seguia na UTI do hospital, respirando com a ajuda de aparelhos.

No entanto, nesta quinta-feira (7), um novo boletim médico foi divulgado informando que a jovem segue em quadro de saúde estável com condições de receber alta da UTI e continuar o tratamento na enfermaria. Desde a internação de Renatta, no dia 16 de outubro, os médicos tentam retirar a substância, mas enfrentam dificuldade por ela estar infiltrada e espalhada pelo corpo.

Renatta mora em Lins e a aplicação foi feita na casa dela. De acordo com a mãe, que prefere ter a identidade preservada, as dores da filha começaram dias depois que a substância foi injetada por um conhecido da jovem, que mora em Belém (PA).

Ainda conforme a mulher, a filha e o rapaz que fez a aplicação do silicone industrial se conheceram em Portugal e mantinham contato pelas redes sociais. "Logo no início da aplicação, começou a queimar. No outro dia, amanheceu com ferida. Ela foi levada para a Santa Casa de Lins, fez cirurgia para remover, depois veio para Bauru, onde passou por outras quatro cirurgias", relata a mãe.

A jovem comprou o silicone industrial pela internet e pagou a passagem de avião para o homem que fez a aplicação da substância nas nádegas dela, informou a mãe.

Ainda segundo a família, essa não foi a primeira vez que a jovem teve silicone industrial aplicado no corpo. Antes, ela já tinha feito outras duas aplicações, nas pernas e nos quadris. Dessa vez, o homem que fez a aplicação usou uma marca diferente da que tinha utilizado anteriormente. A mãe conta que aconselhou a filha a não usar o produto.

O silicone industrial aplicado em Renatta é usado para lubrificar peças de veículos. A substância é proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e Ministério da Saúde para fins médicos. A aplicação do produto para este fim é crime com pena de dois a oito anos de prisão.

A família registrou boletim de ocorrência na terça-feira (5) e o caso será investigado pela Polícia Civil. A reportagem da TV TEM e o G1tentaram contato por telefone com o rapaz que fez a aplicação, mas ele não atendeu as ligações e nem respondeu às mensagens.

Por G1 Bauru e Marília

Nenhum comentário:

Postar um comentário