A direção da antiga escola do adolescente que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em um ataque a faca na manhã desta segunda-feira (27/3), em um colégio estadual na zona oeste de São Paulo, alertou a polícia sobre o “comportamento suspeito” do estudante um mês antes do atentado.
O Metrôpoles teve acesso ao boletim de ocorrência de “ameaça” registrado no dia 28 de fevereiro pela Escola Estadual José Roberto Pacheco, de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no 1º Distrito Policial (DP) da cidade.
Nele, a escola afirma que o adolescente de 13 anos vinha “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.
O estudante foi apreendido pela Polícia Militar e levado para o 34° DP (Vila Sônia).
O delegado Marcus Vinícius Reis já colheu mais de 30 depoimentos nesta segunda-feira, incluindo os de alunos que testemunharam o ataque.
Alguns deixaram a delegacia acompanhados dos pais.
O adolescente, segundo a escola, teria enviado mensagens com fotos de armas a colegas via WhatsApp.
“O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp. Alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, diz o boletim de ocorrência.
Os pais do adolescente teriam sido convocados pela direção da escola em que ele estudava na época.
Uma funcionária da escola confirmou que acionou a polícia e outros órgãos no mês passado.
“Foi enviado para todos os órgãos competentes, mas não posso falar mais nada sobre isso”, disse uma dirigente da unidade.
Na época, o estudante estava matriculado na Escola Estadual Roberto Pacheco, para a qual havia sido transferido.
De acordo com o Secretário de Educação, Renato Feder, foi o próprio adolescente que pediu para ser transferido para a unidade.
Segundo o secretário, o aluno acabou retornando para a Escola Estadual Thomázia Montoro, onde ocorreu o atentado, em 15 de março.
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