Prefeitura de Garanhuns

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25 abril, 2023

CONVERSANDO SOBRE AUTISMO - ‘Mais informação, menos preconceito’


Quando falamos de preconceito relacionado ao tema da pessoa com deficiência, falamos de capacitismo e de falta de informação. O capacitismo é maior barreira contra uma sociedade mais acessível. 

É o pensamento de que ‘ele não vai entender’, ‘ele nem sabe que isso existe’, ‘isso é chilique’, entre tantas outras frases que pessoas capazes e autônomas ouvem no seu dia a dia apenas por serem diferentes.

Quando falamos de autismo, a coisa fica ainda pior. Ou são escravizados pelas suas competências ou são isolados pela sua não compreensão das tão complexas regras sociais. 

A invisibilidade do autismo enquanto deficiência e autonomia de algumas pessoas no espectro levam a sociedade típica a negar suas vulnerabilidades e seu modo de ser e se defender de um mundo com regras incongruentes e cheio de radicalismos.

Por mais que se esforce, o autista está sempre devendo à sociedade. Seja pela competência que muitas vezes seu hiperfoco revela, seja pelas roupas que usa, seja por sua excessiva e sincera forma de se expressar.

O stress da sonoridade da vida urbana, do imenso vai e vem de milhares de pessoas nos transportes públicos, da chuva e do sol no mesmo dia, esbarrões, sorrisos, é uma faísca num barril de pólvora.

Nenhum neurotípico, por mais estressante que tenha sido seu dia, pode dizer que sabe do que o autista está falando. É muito além do que o cérebro típico possa alcançar.

E ponto. É sobre isso, sobre não tentar igualar vivências porque não há equiparação.

É preciso respeito e informação. É preciso aceitação da diferença sem querer torna-la menos diferente para aliviar nossas próprias consciências.

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