Os sinais do autismo podem ser mais presentes em certas fases ou durarem a vida inteira. E o processo de intervenção pode ser lento – o que não quer dizer, exatamente, que não está fazendo efeito. E se tem algo em que os profissionais e os pais concordam é que cada pequena evolução deve ser comemorada.
Há ampla evidência de que a intervenção precoce pode beneficiar as diferentes habilidades da criança durante a infância. E, ainda, impedir que um comportamento indesejado cause outras dificuldades.
É muito importante aproveitar os melhores anos da neuroplasticidade, ou seja, quando o cérebro está no seu momento mais produtivo de aprendizado e adaptação.
O tratamento precoce adequado para cada situação pode melhorar o desenvolvimento geral, ajudando essa criança a aprender novas habilidades que vão gerar mais independência ao longo da vida.
Os tratamentos que ocorrem em cada estágio do desenvolvimento, ajudam as crianças autistas a adquirirem as habilidades desejadas, sejam sociais, motoras ou cognitivas.
Talvez agora, com ela ainda pequena, muitos não percebam o potencial disso tudo, pois há sempre um adulto por perto para auxiliar nas dificuldades. Porém, essa criança será um adolescente e depois um adulto com necessidades de expandir seus horizontes. E se algo não for desenvolvido na infância, pode ter um efeito mais para frente.
O diagnóstico precoce pode ajudar nas habilidades
Uma criança autista não é mais inteligente que as outras ou menos. Como qualquer criança, os níveis de conhecimento dependem de diversos fatores, muitas vezes imprevisíveis.
O diagnóstico precoce do autismo e, consequentemente, as intervenções antecipadas, podem fazer, também, que a criança saiba explorar de modos alternativos seus pontos fortes e compensarem os não tão fortes.
Uma criança que tenha hiperatividade como comorbidade, por exemplo, pode ter muito interesse no conhecimento de matemática mas não ter a concentração necessária para ficar parada em uma sala de aula olhando para o quadro. A intervenção psicológica, nesse caso, vai ajudá-la a descobrir uma forma mais funcional de aprender.
Há casos, também, em que a intervenção é focado em uma dificuldade específica cujos benefícios ocorrem em outras áreas da vida.
Se a criança não tem um sono funcional, ela pode ter períodos diurnos mais desarmônicos, cansativos e mais estressantes. Uma vez que isso é resolvido, a criança vai se sentir mais disposta e concentrada para fazer outras coisas.


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