Certamente se você recebeu o diagnóstico do seu pequeno, já deve ter ouvido falar sobre a Análise do comportamento Aplicada (ABA), seja por orientação médica/profissional ou por ter pesquisado sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Nesse contexto, é interessante conferir o nosso artigo que fala sobre a taxa de crianças com TEA ao redor do mundo e principalmente nos EUA.
Caso você ainda não tenha ouvido falar sobre a terapia ABA, não tem problema, este texto será uma oportunidade de conhecimento a respeito do tema.
A sigla ABA é utilizada para referir-se à Análise do Comportamento Aplicada (em inglês: Applied Behavior Analysis). De acordo com Hübner (2019), ABA é uma ciência complexa derivada do behaviorismo de Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). É uma abordagem baseada em evidências científicas, utilizada mundialmente, e foi originada nos EUA, na década de 60. Sabe-se que não foi desenvolvida unicamente para o tratamento do Transtorno do Espetro do Autismo, porém, atualmente, há grandes resultados nessas área, por ensinar habilidades, reduzir os comportamentos repetitivos e estereotipados e por funcionar de modo intensivo e sistemático.
Características da Terapia baseada em ABA
As características gerais de uma intervenção baseada na terapia ABA, envolvem alguns pontos importantes, como: a identificação de comportamentos e habilidades que precisam ser melhorados, seleção e descrição dos objetivos, e delineamento de uma intervenção que envolva as estratégias comprovadamente efetivas para modificar determinados comportamentos. O objetivo é que os comportamentos aprendidos e modificados sejam generalizados para diversas áreas da vida do indivíduo.
Para que isso ocorra, o profissional deve realizar manejos comportamentais que são necessários para o desenvolvimento da criança, como criar diferentes maneiras de brincar com os brinquedos, elogiar, imitar e reproduzir o comportamento da criança.
Os comportamentos alvos devem ser medidos e constantemente definidos. Deve-se aumentar a motivação por meio de fornecimento variado de reforços (seja algum brinquedo, objeto que a criança goste ou elogios). É necessário também: fornecer instruções claras e diretas, identificar e usar instruções efetivas, reforçar toda vez que a criança se aproximar do comportamento-alvo (modelação), buscar respostas simples em comportamentos mais complexos e, por fim, usar métodos explícitos para a promoção da generalização e a manutenção dos comportamentos, em que os comportamentos alvos sejam reproduzidos em vários contextos da vida da criança.
Além disso, a ABA caracteriza-se por realizar uma coleta de dados antes, durante e depois da intervenção. O acompanhamento dessas informações tem como objetivo analisar o progresso individual da criança, bem como auxiliar na tomada de decisões em relação aos programas de intervenção e as possíveis estratégias.
Quais profissionais podem aplicar/trabalhar com a terapia ABA?
Normalmente os psicólogos que trabalham com a Psicoterapia Comportamental realizam a intervenção em ABA, entretanto outros profissionais como fonoaudiólogos, pedagogos e terapeutas ocupacionais que possuem formação e especialização em terapia ABA também podem utiliza-la.
Considerações finais
Para o tratamento de crianças com TEA, procure sempre profissionais qualificados, sobretudo com qualificação em terapia ABA, pois é a ciência que traz melhores resultados.
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