O uso contínuo de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos tem se tornado uma extensão do corpo humano — e esse hábito, cada vez mais presente, está impactando profundamente a saúde física e emocional.
O alerta vem de especialistas que observam um aumento nos quadros de estresse, distúrbios do sono e até doenças dermatológicas associadas ao excesso de telas.
Segundo dados da Comscore, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de consumo de redes sociais.
Esse cenário exige uma prontidão constante do cérebro, gerando um estado permanente de reatividade e liberação de substâncias como o cortisol — o hormônio do estresse.
“A superexposição às telas pode ativar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, aumentando a liberação de cortisol. Isso tem efeitos diretos na pele, na imunidade, no sono e no metabolismo como um todo”, explica a dermatologista Lilia Guadanhim.
De acordo com a médica, o estresse causado pelo uso excessivo de tecnologia está ligado à piora de condições como rosácea, dermatite seborreica, dermatite atópica e até queda de cabelo.
Além dos efeitos físicos, há também impactos significativos no bem-estar emocional e na qualidade de vida.
Como forma de proteção, especialistas recomendam práticas como atividade física regular, técnicas de mindfulness, alimentação equilibrada e a redução consciente do tempo de exposição às telas.
O alerta é claro: cuidar da mente e do corpo passa, hoje, por repensar a forma como nos relacionamos com a tecnologia.
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