Categoria se reúne em um ato em frente ao prédio da Secretaria de Administração, no Pina. Caso exigências não sejam atendidas, greve pode se estender
Auxiliares e técnicos de enfermagem vinculado à rede estadual de saúde fazem, nesta segunda-feira (9), uma greve por tempo determinado. A decisão tomada por membros do sindicato da categoria é, de acordo com eles, um protesto contra a precarização das condições de trabalhos. Pela manhã, a categoria se reúne em um ato a partir das 8h em frente ao prédio da Secretaria de Administração, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. A paralisação começa às 9h e segue até a meia-noite.
A paralisação foi proposta em audiência pública realizada no dia 13 de novembro na Assembleia Legislativa de Pernambuco. No entanto, de acordo com o sindicato, nenhuma resposta sobre a pauta de reivindicações da categoria foi apresentada pela secretaria. Por se tratar de atividade essencial que não poder ser interrompida, pelos menos 50% dos técnicos e auxiliares seguem trabalhando para garantir o funcionamento mínimo das unidades hospitalares.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, a paralisação tem o objetivo de sensibilizar o governo em relação aos problemas enfrentados pela categoria.“Estamos na luta para garantir os princípios da integralidade, universalidade e equidade que orientam o SUS. Não iremos desistir da valorização e reconhecimento dos profissionais”, alega ele.
Segundo ele, a categoria não tem isonomia salarial por conta das quatro faixas de remuneração distintas, enfrenta déficit de profissionais nas unidades, além da falta de equipamentos e materiais de trabalho. “Esses problemas têm causado o adoecimento dos trabalhadores. Mesmo assim, superamos todas as dificuldades diariamente”, aponta Francis.
Confira a pauta de reclamações da categoria na íntegra:
– 13 anos fora do orçamento do estado e colecionando perdas salarias;
– Salário-base inferior a um salário mínimo: R$ 774;
– Carga horaria exaustiva e excesso de plantões, causando adoecimento e absenteísmo;
– Crescente número de tentativas de suicídio entre os profissionais de nível médio;
– Falta de material básico para assistência dos pacientes;
– Risco permanente de sofrer violência devido à falta de segurança nas emergências dos principais
hospitais;
– Estruturas físicas com graves problemas causando risco de acidente tanto aos pacientes como aos profissionais;.
FONTE: OP9

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