quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

CONVERSANDO SOBRE AUTISMO - O AUTISTA DEVE COMER DIFERENTE?


O autismo é um dos mais conhecidos, entre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, sendo caracterizado pelo atraso no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. 

Entre os diversos tipos de intervenções necessárias para o desenvolvimento do autista, além do psicólogo e do fonoaudiólogo, faz-se muito importante, ressaltamos os aspectos das intervenções Nutricionais. 

As pesquisas científicas tem nos mostrado que, com relação à alimentação, especialmente na hora da refeição, três aspectos mais marcantes são registrados pelos autistas:

Seletividade: que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais;

Recusa: mesmo que ocorrendo a seletividade é frequente a não aceitação do alimento selecionado, o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica;

Indisciplina:: que também contribui para a inadequação alimentar.

A má alimentação e a falta de equilíbrio energético são motivos de especial preocupação, pois, a ingestão de micronutriente está estreitamente relacionada com a ingestão de energia. 

Crianças autistas têm padrão alimentar e estilo de vida diferente das crianças não autistas, comprometendo seu crescimento corporal e estado nutricional. 

O momento da refeição é frequentemente culminado com choro, agitação e agressividade por parte do autista gerando um desgaste emocional também ao cuidador. 

A alimentação para autismo deve ser isenta de caseína, glúten e soja. 

Essa dieta promove alterações cerebrais que diminuem a euforia e a agressividade dos autistas, sendo uma ótima forma de complementar o tratamento do autismo infantil e adulto. 

O autista é incapaz de tirar o total proveito das terapias comportamentais se tiver um cérebro desnutrido, inflamação gastrointestinal ou acúmulo de compostos tóxicos - fatores que prejudicam a comunicação cerebral. 

Por isso, a alimentação é fundamental e caso seja necessário, um nutricionista também poderá indicar um suplemento de cálcio. 

No entanto, é importante destacar que nem sempre a restrição alimentar funcionará para melhorar os sintomas do autismo, visto que nem todos os pacientes tem o organismo sensível. 

As Crianças autistas são muito seletivas e resistentes ao novo, fazendo bloqueio a novas experiências incluindo as dietas alimentares. 

Considerando o comportamento repetitivo e interesse restrito poderá ter papel importante na seletividade dietética também. 

Sendo assim, o papel dos profissionais é complementar no que se refere as intervenções necessárias para o desenvolvimento da criança autista, principalmente em relação a seu comportamento e alimentação.

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