Saber preparar a criança para conviver com o autismo na sociedade é essencial ao processo de inclusão de quem enfrenta os desafios do espectro autista. Independentemente do nível do problema, os indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) precisam ser tratados com carinho, atenção e respeito.
O primeiro passo desse processo é entender que as características que acompanham o TEA faz com que o funcionamento do cérebro dessas crianças — assim como os mecanismos que envolvem o ensino e aprendizagem — ocorrem de forma diferenciada.
Nessa perspectiva, veja como preparar sua criança autista para conviver em harmonia com a coletividade, superar os desafios impostos pelo TEA e interagir positivamente com as demais pessoas.
Por que é importante preparar a criança autista para conviver em sociedade?
Os desafios resultantes do autismo na sociedade é um dos temas que têm alcançado destaque entre os especialistas em saúde mental. E isso, em caráter global. Segundo o Center of Deseases Control and Prevention (CDC), um dos mais renomados centros de estudos americanos, estão surgindo novos casos de autismo. Inclusive no Brasil, onde estima-se que há, em média, 2 milhões de autistas no país.
Dados da OMS alertam para a necessidade de intervenções mais adequadas: a cada 160 crianças no mundo, 1 é autista. Assim como em nosso país, a falta de informação e a ausência de um tratamento eficaz contribuem para piorar os impactos desse transtorno ao redor do planeta.
Tendo isso em vista, preparar a criança para conviver com o TEA é de extrema importância, dadas às limitações impostas pela forma mais grave desse transtorno. No grau mais avançado, o espectro autista pode limitar bastante a autonomia de um indivíduo, a capacidade de aprendizado e a realização das atividades diárias.
Na ausência de intervenção adequada, os sintomas do TEA influenciam negativamente as conquistas pessoais, educacionais, profissionais e sociais dos indivíduos. Logo, a busca de tratamento eficaz é o caminho mais seguro para oportunizar um viver coletivo saudável e equilibrado.
Qual o papel da mãe da criança autista nesse processo?
Todos os membros da família precisam auxiliar na educação e no apoio da criança autista. No entanto, como a figura da mãe é a primeira referência educacional de todos os seres humanos, ela detém uma grande responsabilidade nesse processo.
Assim, a mãe da criança autista deverá ajudar a criança em todos os aspectos que envolvem a interação dela com o mundo. Orientações sobre o comportamento, os cuidados com a alimentação, a saúde física, o bem-estar emocional e o aprendizado exigem atenção especial. Buscar apoio na escola, conversar com os professores e promover a interação da criança com os colegas é fundamental para que o autista não seja visto com diferença.
Nesse contexto, deve-se estimular a criança ao convívio harmonioso no âmbito familiar. Motivar as brincadeiras em família e estimular a participação da criança nas conversas em casa é primordial para que ela adquira confiança e segurança para se integrar à sociedade.
Nada melhor que a própria mãe para estimular atitudes positivas e comportamentos que beneficiarão a vida do filho com TEA. Ajudá-lo a entender a importância da interação positiva com o mundo é fundamental à segurança deles.
A mãe deve ensiná-lo a brincar em grupo, a compartilhar seus brinquedos e a trabalhar questões que desenvolvam ações necessárias ao comportamento na escola, por exemplo.
Quanto mais a criança autista for instigada, maior será a capacidade dela em minimizar sentimentos negativos ou fragilidades no âmbito coletivo, principalmente no ambiente escolar.
Logo, o ambiente do lar é o mais adequado para proporcionar às crianças com TEA situações que influenciarão a educação delas. Além do mais, isso pode ajudá-las a compreender melhor o mundo em que estão inseridas, e a vencer os desafios comuns a esse transtorno.
Por que a postura da família é tão fundamental para conviver com o autismo na sociedade?
A postura da família é fundamental para ajudar a criança a entender que ela precisa ser preparada para um mundo que não se limita apenas ao lar e ao ambiente escolar. Vale destacar que, no futuro, essa criança será um adulto autista. Logo, as limitações do TEA exigirão dela uma adequação maior para um bom convívio social.
Por isso, a família precisa se conscientizar da necessidade de estabelecer um bom relacionamento com os professores, pedagogos, psicólogos e médicos inseridos na rotina da criança. Cuidar de uma criança com necessidades especiais e minimizar os impactos do autismo na sociedade é um trabalho de equipe.
Nessa investida, todos são responsáveis e devem oferecer o melhor para a evolução e o desenvolvimento do portador de autismo infantil. Além do apoio dos profissionais de saúde, a participação dos irmãos menores (se houver), dos tios, primos e avós são imprescindíveis à promoção da autoconfiança necessária à integração da criança com transtorno do autismo.
Esse “treinamento” em casa é primordial para que ela aprenda a conviver e a interagir melhor com as pessoas de seu convívio familiar e social. Além disso, os pequenos portadores de TEA exigem um cuidado muito especial: impõem necessidades emocionais, sociais e econômicas bastantes significativas sobre os pais, educadores ou equipe de saúde.
Mediante isso, cuidar de crianças autistas — sobretudo àquelas no nível de maior gravidade — exige habilidade e preparo adequado. Esse trabalho ainda é mais desafiador quando o acesso aos serviços específicos e tratamentos são ineficientes. Logo, adotar uma postura mais positiva e cuidar do equilíbrio emocional são atitudes essenciais à superação dessa meta.
Nessa conjectura, vale destacar a relevância de buscar orientação e apoio de um médico para auxiliar na terapia infantil e orientar a família. Para superar as limitações típicas do TEA, o auxílio profissional é um passo muito importante ao processo de convivência familiar e social.
Manter um diálogo aberto e expor os principais desafios possibilita estabelecer estratégias mais propícias à interação social. Isso torna o apoio profissional imprescindível ao desenvolvimento da criança e à superação das questões relativas ao autismo na sociedade.
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