A namorada do jovem de 14 anos, que matou os pais e o irmão de apenas dois anos, no Rio de Janeiro, foi apreendida pela polícia em Água Boa, em Mato Grosso. Ela é suspeita de participação no crime.
De acordo com as investigações, a menina de 15 anos teria instigado e participado durante todo momento do crime. A motivação para o ato criminoso teria sido uma proibição dos pais do rapaz em deixá-lo viajar para ver a namorada, que ele conheceu através de um jogo online.
Os dois jovens teriam debatido métodos para matar e descartar os corpos. Em coletiva de imprensa, o delegado Carlos Guimarães disse que eles tiveram conversas pelo Instagram e até cogitaram jogar os corpos para porcos comerem.
Segundo o delegado, os responsáveis pelo rapaz também não permitiram que a namorada fosse à casa da família no Rio de Janeiro, o que fez com que o filho se sentisse ainda mais contrariado.
Após a negativa dos pais, a menina teria ameaçado terminar o relacionamento com o garoto, caso ele não fosse a visitar. "Teve manipulação e sadismo da namorada", explicou a polícia após as investigações.
Os dois se conheciam há seis anos virtualmente e namoravam "sério" há um ano. As investigações apontam que a garota chantageava emocionalmente o jovem, afirmando que era necessário "ser homem" para vê-la pessoalmente e também mandava mensagens duvidando da coragem do rapaz para assassinar a família.
Após executar os três, o rapaz tirou foto dos corpos na cama e a menina afirmou sentir "nojo" e sugeriu o uso de luvas para descartar os corpos. Além disso, ela também comemorou pois só faltava matar a mãe para que eles ficassem juntos.
Durante as investigações, a polícia desconfiava que a suposta namorada fosse uma farsa, por isso "verificamos que realmente ela existia, não era um adulto se passando por adolescente", afirmou o delegado.
A garota foi interrogada e alegou não ter participado. À polícia, afirmou que sabia do crime e que conversou com o rapaz durante os homicídios, mas negou participação.
O adolescente matou o pai de 45 anos, a mãe de 37 e o irmão de 3 no último dia 21 de junho, com a execução ocorrendo quando a família estava dormindo.
A arma utilizada para realizar os disparos estava registrada no nome do pai, que era registrado como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Os policiais descobriram que o próprio pai dava aulas para o rapaz sobre como manipular a arma e atirar.
Os corpos foram encontrados dentro de uma cisterna na casa da família. A polícia foi procurada pela avó e por um tio do menor após o garoto afirmar que os pais tinham levado o irmão pequeno a um hospital. Buscas foram feitas e eles não foram encontrados.
Após cometer os crimes, o jovem ficará internado no Departamento Geral de Ações Sócio Educativas (Degase) do Rio de Janeiro, onde irá responder pelos crimes análogos a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
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