O Governo de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas, intensificou as ações de segurança e saúde pública em resposta à grave crise de intoxicação por metanol. A substância tóxica, encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas, já resultou em 22 casos no estado, sendo 7 confirmados e 15 em investigação.
O ponto mais dramático da crise é o número de fatalidades: cinco pessoas morreram com sintomas de intoxicação, embora apenas uma delas tenha tido a morte por metanol confirmada oficialmente até o momento.
Interdição Cautelar e Pista da Fraude
A principal medida anunciada é a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde houve registro de consumo das bebidas contaminadas. Essa ação não é punitiva, mas sim de segurança, visando tirar de circulação os produtos suspeitos e proteger a população.
O foco da gestão é rastrear a origem da contaminação. Para isso, foi montada uma estratégia de investigação:
Rastreamento Financeiro: A Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda vão analisar e cruzar notas fiscais dos estabelecimentos para descobrir a cadeia de fornecimento.
Identificação de Fraudadores: O objetivo é saber "quem comprou de quem" e determinar se a falha está no distribuidor que vende material sem procedência ou no fraudador que adulterou a bebida.
Gabinete de Crise e Denúncias
Para coordenar os esforços, foi criado um Gabinete de Crise envolvendo Saúde e Segurança Pública. Além disso, a população ganhou um papel ativo na fiscalização: um canal de denúncias exclusivo para bebidas adulteradas foi aberto no site do Procon-SP.
O governador Tarcísio de Freitas descartou a participação do PCC (Primeiro Comando da Capital) nos casos, afirmando não haver evidências de envolvimento do crime organizado. No entanto, o Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, acionou a Polícia Federal para investigar, sob a suspeita de que a distribuição das bebidas adulteradas possa se estender para além das fronteiras de São Paulo.
O metanol é uma substância industrial perigosíssima para o consumo humano, podendo causar cegueira e morte mesmo em pequenas doses, o que reforça o alerta para que os consumidores verifiquem sempre o lacre e a procedência das bebidas.
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