Após quase um mês do anúncio de uma demissão coletiva de obstetras em 18 de setembro, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), um dos principais hospitais materno-infantis de Pernambuco, firmou um acordo com os médicos da unidade. O pacto inclui a promessa de aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho.
A crise teve origem nas reivindicações do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), que apontava para a sobrecarga, baixa remuneração e dificuldades estruturais enfrentadas pelos profissionais.
A intenção de desligamento coletivo havia sido manifestada inicialmente em 14 de julho por 48 dos 101 ginecologistas e obstetras do hospital, caso não houvesse melhorias. Os médicos estavam em fase de cumprimento do aviso prévio, o que garantiu a continuidade do atendimento no Imip.
Formalizado na terça-feira (14), o acordo com o Simepe, que beneficia todos os médicos da instituição e contou com a presença do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), levou a maioria dos profissionais a decidir retirar suas cartas de demissão. Contudo, o número exato de obstetras que permanecerão ainda não foi divulgado, por se tratar de uma decisão individual.
O Simepe detalhou que o acordo prevê:
Um reajuste salarial progressivo com prazo até 2028.
Significativos investimentos em infraestrutura e assistência, incluindo a reforma de áreas estratégicas como triagem, pré-parto e repouso médico.
Aquisição de novos equipamentos.
Reforço no fornecimento de materiais e insumos hospitalares.
Ampliação das escalas médicas.
Em nota, o Imip confirmou a reunião e declarou que "o resultado foi positivo" e que "as tratativas avançaram de forma satisfatória para todas as partes envolvidas", reafirmando seu "compromisso com a manutenção da prestação do serviço à população".
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