Novos depoimentos sobre a morte de Esther Isabelly foram colhidos nesta sexta-feira (24) na delegacia de Camaragibe. Foram ouvidas a avó materna, a tia paterna e duas vizinhas que participaram das buscas pela criança desaparecida.
Até o momento, dois homens, de 21 e 27 anos, estão presos, suspeitos de envolvimento na ocultação do cadáver da menina, que foi encontrado na cacimba da casa que eles utilizavam. Contudo, ninguém foi indiciado pelo homicídio nesta fase.
As versões apresentadas pelos suspeitos estão sendo confrontadas pelas testemunhas:
Um dos presos afirmou ter saído para outro bairro após uma confraternização na casa da mãe de Esther, versão desmentida por uma testemunha que o viu indo para casa.
Outro suspeito disse ter passado o dia fora, mas uma vizinha o viu saindo de casa por volta das 16h, horário do sumiço da criança.
A inclusão de uma terceira pessoa – a ex-mulher de um deles, que estaria fazendo faxina – também apresentou contradições. Enquanto um afirma que ela lavou tudo com a ajuda do segundo envolvido, este último diz que ela agiu sozinha.
Suspeita de Ritual Religioso
A Polícia Civil trabalha com a linha de investigação de que o crime possa ter ligação com algum ritual religioso.
A mãe de Esther relatou que, ao procurar pela menina na casa dos suspeitos, não pôde acessar todos os cômodos, incluindo um quarto onde o casal realizava práticas religiosas, com a presença de velas, bebidas e instrumentos. Moradores também já teriam relatado que um dos suspeitos possuía histórico de realizar rituais com animais.
A avó de Esther, que também foi à casa após o desaparecimento, encontrou um dos suspeitos "muito estranho, agressivo" e aparentemente sob efeito de álcool ou drogas.
Os dois homens estão presos apenas pela ocultação de cadáver, enquanto a Polícia Civil segue investigando o envolvimento deles no homicídio da menina. A corporação informou, por meio de nota, que o caso segue sob investigação, mas não divulgou detalhes dos depoimentos.
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