Este ano nem terminou, mas o consumidor já pode se preparar para aumento de preços no próximo. A desoneração dos impostos federais sobre o diesel e o gás de cozinha, que vigorava desde 2022 no Brasil, termina oficialmente no dia 31 de dezembro e, com isso, a partir do dia 1º de janeiro de 2024 eles tendem a ficar mais caros.
No caso do diesel, isso pode significar uma alta de R$ 0,33 por litro nos postos, caso a cadeia de produção repasse todo o custo ao motorista, segundo cálculos da Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom).
Já o gás liquefeito de petróleo (GLP) terá uma alta de quase R$ 0,17 por quilo, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). Mas, ainda segundo a entidade, o retorno dos impostos federais não afetará o botijão doméstico de 13 kg, mais comum nas casas brasileiras. Isto porque a isenção do item está garantida por outro decreto de 2021, que não tem prazo para deixar de valer.
Os impostos federais foram zerados em 2022 no contexto da guerra da Ucrânia e da corrida eleitoral no Brasil. Em princípio, a medida deixaria de valer em 2023, porém a nova gestão federal a prorrogou. O retorno dos impostos PIS/Cofins ocorre após eles já terem sido retomados para o etanol, a gasolina e o gás natural veicular (GNV) ao longo deste ano.
Embora signifique aumento de preços, a retomada dos tributos é importante para a manutenção de serviços públicos, pondera o economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) Diogo Santos. “Esse recurso se torna receita, e é a partir disso que os serviços públicos são prestados. É bom lembrar que para famílias de baixa renda ter um serviço público de qualidade, acesso a medicamentos, postos de saúde e educação é tão importante quanto ter gás de cozinha em casa”, diz

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