Barricada feita no meio da rua durante protesto na região central de São Paulo, SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Após o protesto contra o presidente eleito Jair Bolsonaro que terminou em confronto no Centro de São Paulo na noite desta terça-feira (30), sete pessoas foram presas, duas por roubo e cinco por depredar uma agência bancária, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Inicialmente, a Polícia Militar informou que eram seis presos por depredar a agência.
Dos cinco presos por depredação, quatro são menores de idade e foram encaminhados para a Fundação Casa. O maior de idade também segue detido. O caso foi registrado pelo 78º DP como dano qualificado, desacato e incêndio.
Na Avenida Ipiranga, dois homens foram presos acusados de roubo de celulares. Eles foram encaminhados ao 4º DP.
O protesto começou na Avenida Paulista. Os manifestantes se reuniram em frente ao vão livre do Masp e ocuparam faixas da via sentido Consolação.
O grupo seguiu pela rua da Consolação até a Praça Roosevelt. A maior parte dos manifestantes já havia se dispersado por volta de 22h, mas policiais militares permaneceram na praça enquanto pessoas encapuzadas estavam no local.
Por volta das 22h30, bombas foram disparadas pela PM contra um grupo de manifestantes que ainda se concentravam na região central da capital paulista.
Uma barricada foi feita no meio da via, e ao menos uma agência bancária foi depredada durante o confronto próximo ao viaduto Jacareí, na República.
Polícia averigua agência bancária depredada durante protesto contra Bolsonaro no Centro de SP — Foto: Reprodução/GloboNews
Ato contra Bolsonaro
O ato foi organizado pelas entidades Povo Sem Medo, MTST, UNE, sindicatos entre outros.
Divulgado nas redes sociais, o protesto cobrava a manutenção dos valores democráticos, a liberdade de manifestação e expressão por conta das declarações feitas pelo presidente eleito a seus opositores.
"Bolsonaro foi eleito presidente. Mas não imperador. Não pode passar por cima dos valores democráticos, da liberdade de manifestação e expressão. Precisa respeitar a oposição e os movimentos sociais, não ameaçá-los. Por isso estaremos nas ruas, pelas liberdades democráticas e por nossos direitos. Essa resistência é legítima e não iremos silenciar diante de qualquer ataque. Vamos sem medo!", postou no Facebook Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e candidato derrotado à Presidência da república pelo PSOL.
Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (29), Bolsonaro foi questionado sobre a declaração: "os marginais vermelhos serão banidos da nossa pátria", feita feitas no dia 21 de outubro, por telefone, a apoiadores que se manifestavam a seu favor em São Paulo.
"Foi um discurso inflamado, com a avenida Paulista cheia, e logicamente eu estava me referindo à cúpula do PT e cúpula também do PSOL", disse Bolsonaro.
FONTE: G1 SP.


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