O Centrão articula uma retaliação contra o Palácio do Planalto e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ameaçando votações cruciais do governo Lula.
O alvo da pressão são dois projetos: a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e a Medida Provisória (MP) 1303, que prevê a taxação de investimentos. Ambas as votações, marcadas para esta terça-feira (30), estavam em um cenário de grande incerteza.
Para o IR, o pior cenário para o governo é a aliança entre o Centrão e a Oposição. Essa coalizão poderia aprovar a ampliação da isenção, mas removendo a fonte de compensação idealizada por Haddad: a taxação dos super-ricos.
Outros Cenários para o IR:
Isenção Aprovada, Taxação Retirada: O governo aprova a isenção, mas é forçado a encontrar outra fonte de compensação, já que a taxação dos super-ricos seria retirada.
Substituição da Compensação: A taxação dos super-ricos é substituída por fontes de arrecadação previstas na MP 1303.
Aprovação Completa (Improvável): Aprovado o IR nos termos originais do relator Arthur Lira (PP-AL), mas, mesmo assim, o Centrão enterraria a MP 1303.
A MP 1303, por sua vez, enfrenta forte resistência e perde a validade na próxima semana. Bancadas poderosas, como a ruralista, contestam, em especial, a taxação das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Essa ofensiva do Centrão é uma resposta direta ao momento de fragilidade da Câmara após a aprovação da chamada "PEC da Blindagem" e sua posterior rejeição pelo Senado, em meio a manifestações populares.
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