O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) emitiu condenação contra um pastor evangélico de 69 anos da Assembleia de Deus por estupro de vulnerável, devido ao abuso de três irmãos com deficiência intelectual na igreja e em sua casa em Palmares, Mata Sul.
A pena definida em 27 de outubro é de 16 anos, sete meses e 28 dias de reclusão. Os abusos foram detalhados pelas vítimas: um dos irmãos, de 19 anos, narrou os fatos e os locais (igreja, banheiro, casa do pastor), evidenciando o modus operandi e seu sentimento de estar “preso” pela autoridade religiosa; outro jovem relatou ter sido atraído para a igreja, sofreu estupros e foi ameaçado de morte pelo pastor e seus filhos, desenvolvendo graves traumas psicológicos; o terceiro irmão contou que o crime ocorreu no andar superior da igreja, onde o acusado o chamava de “menina do papai”.
A denúncia chegou à polícia através da tia das vítimas, que afirmou ter ouvido o pastor confessar o crime: "Realmente eu errei. Me perdoe. Prometo a você não fazer mais". Embora a Polícia Civil tenha confirmado a confissão na época, o réu, em sua defesa, negou os atos libidinosos, referindo-se aos abusos como "brincadeiras" não especificadas, e alegou não ter lido o documento de confissão na delegacia.
O juiz Flávio Krok Franco enfatizou que o réu se valeu de sua posição de líder religioso para atrair e silenciar as vítimas com dinheiro e ameaças, considerando as "brincadeiras" totalmente incompatíveis com a função. As testemunhas de defesa limitaram-se a elogiar a conduta do pastor, sem conhecimento direto dos fatos. O réu permanece preso preventivamente desde novembro de 2024,
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